ATA DA DÉCIMA SÉTIMA
SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 10-3-2016.
Aos dez dias do mês de
março do ano de dois mil e dezesseis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida por Airto
Ferronato, Alberto Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Delegado
Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Raul Fraga, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias
Villela, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Márcio Bins Ely, Mônica Leal,
Paulinho Motorista, Paulo Brum e Prof. Alex Fraga. Constatada a existência de
quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão,
compareceram Dr. Goulart, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Idenir
Cecchim, João Bosco Vaz, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Mario Manfro, Mauro
Pinheiro, Mendes Ribeiro, Nereu D'Avila, Reginaldo Pujol, Rodrigo Maroni,
Séfora Gomes Mota, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. À MESA,
foram encaminhados o Projeto de Lei do Legislativo nº 013/16 (Processo
n°0195/16), de autoria de Alberto Kopittke, e o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 009/16 (Processo nº 0268/16), de autoria de Mendes Ribeiro.
Após, o Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, a Ana Lucia Del
Corona Maranghello, Tesoureira da Associação dos Moradores da Cefer 2 – AMC 2
–, que discorreu sobre dificuldades da instituição para atender a comunidade. Em continuidade, nos termos do
artigo 206 do Regimento, Sofia Cavedon, Elizandro Sabino, João Carlos Nedel,
Tarciso Flecha Negra, Airto Ferronato, Idenir Cecchim, Engº Comassetto,
Reginaldo Pujol, Prof. Alex Fraga e Delegado Cleiton manifestaram-se acerca do
assunto tratado durante a Tribuna Popular. Os trabalhos foram suspensos das
quatorze horas e quarenta e três minutos às quatorze horas e quarenta e quatro
minutos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER pronunciaram-se Bernardino Vendruscolo e
Rodrigo Maroni. Em TEMPO DE PRESIDENTE, pronunciou-se Cassio Trogildo. Em
prosseguimento, foi realizada solenidade de adesão da Câmara Municipal de Porto
Alegre ao Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, tendo-se pronunciado sobre o
tema Andréia Peres de Castro Oliveira, Comitê Gestor do Programa. A seguir, foi
iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado a homenagear o Grupo
Educacional do Instituto Nacional de Especialização, Pós-Graduação e Extensão,
nos termos do Requerimento nº 018/16 (0588/16), de autoria de Márcio Bins Ely.
Compuseram a Mesa: Cassio Trogildo, Presidente da Câmara Municipal de Porto
Alegre; Faustino Júnior, Reitor da Faculdade Centro Sul do Paraná; e Carlos
Fett Paiva Neto, Secretário Adjunto da Secretaria Municipal de Administração. Em
COMUNICAÇÕES, pronunciou-se Márcio Bins Ely. A seguir, o Presidente convidou
Márcio Bins Ely a proceder à entrega, a Faustino Júnior, de diploma alusivo à
presente solenidade, concedendo a palavra a Sua Senhoria, que agradeceu a
homenagem. Os trabalhos foram suspensos das quinze horas e quarenta e seis
minutos às quinze horas e quarenta e sete minutos. Em PAUTA, Discussão
Preliminar, estiveram, em 1ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Executivo
n° 001/16, os Projetos de Lei do Legislativo nos 083, 281 e 292/15 e
006, 015, 019, 020, 024 e 025/16 e o Projeto de Lei do Executivo nº 003/16. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se
Mônica Leal e Engº Comassetto, este duas vezes, Airto Ferronato e Paulinho
Motorista. Na ocasião, foi apregoado o Ofício nº 015/16, do Vice-Prefeito,
comunicando seu afastamento do Município no dia onze de março do corrente,
quando participará de reunião com o Diretor do Banco Mundial para o Brasil, em
Brasília – DF. Durante a Sessão, Sofia Cavedon manifestou-se acerca de assuntos
diversos. Às
dezesseis horas e quatorze minutos, constatada a inexistência de quórum o
Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a
próxima sessão ordinária. Os
trabalhos foram presididos por Cassio Trogildo e Delegado Cleiton e
secretariados por Paulo Brum. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após
distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Passamos à
A Tribuna Popular de hoje terá a presença da
Associação dos Moradores da Cefer 2 – AMC 2, que tratará de assunto relativo às
dificuldades da instituição para atender a comunidade. A Sra. Ana Lucia Del
Corona Maranghello, Tesoureira, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10
minutos.
A SRA. ANA
LUCIA DEL CORONA MARANGHELLO: Boa tarde, ilustres
Vereadores, senhores e senhoras presentes, eu represento aqui a comunidade da
Cefer 2, no Jardim Carvalho. Nós temos uma gestão de seis meses na Associação
de Moradores. Entramos na gestão com 80% do voto popular, pela necessidade da
urgência de uma mudança, de uma transformação no local. E, neste momento de
violência extrema na zona leste, nós nos vemos de mãos atadas pelas
dificuldades que encontramos na casa que assumimos. Encontramos uma sede
totalmente depredada, sem chão, sem teto, com contas a pagar, vindo de gestões
anteriores. Eu sou moradora há 41 anos e hoje encontro o local totalmente
abandonado, sem um olhar para aquela comunidade.
Como educadora que sou – sou tradutora e
professora de inglês também – vejo, e me envolvi no projeto, que a educação, a
cultura, o lazer e o desporto poderão modificar essa situação e transformar o
cidadão da comunidade. Vejo que nós somos como uma Net que está conectada.
Muitos vão a público dizer que não vão à vila, mas a vila vai ao encontro de
todos nós, porque nós descemos, somos trabalhadores e é por isso que precisamos
investir nas crianças, nos jovens e nos idosos do local. Somos uma zonal que
tem em torno de 25 mil votantes, e atualmente 6,4 mil moradores, e nenhum
projeto social. Então, quando assumimos formamos um grupo de
pessoas que já abriram as portas, nessas condições precárias, para as crianças
que estão em área de vulnerabilidade social, passando por essa violência, em
que todo final de semana nunca se sabe quem morre e quem fica. Então, abrimos
as portas e, do nosso próprio bolso, estamos dando lanche para as crianças após
as atividades de capoeira em turno inverso. Temos o projeto da zumba, que
levantou a comunidade, idosos, jovens trabalhadoras mulheres, mais de 30
participantes nesse primeiro mês, e nós estamos bancando sem nenhuma ajuda.
Então por isso eu vim fazer a minha voz presente para que venha esse olhar,
porque nós temos quem faça, nós temos projetos. Eu fui agora a Santa Catarina
para acompanhar de perto um projeto da Horta Comunitária no Campeche, e trouxe
então a parceria também para o começo, mas nós não temos verba em caixa, temos
toda a vontade. Temos uma cancha na associação, que hoje quem puder ir lá e
conferir verá que está como se fosse uma plantação vazia, inundada pela água,
onde se proliferam os mosquitos da dengue. Então é um caos para a saúde também,
nós precisamos dessa cancha erguida novamente, a cancha na qual eu fiz as
minhas primeiras atividades físicas, e hoje tenho uma filha que é professora de
Educação Física também. Por isso a gente está trazendo e trabalhando as
atividades, temos a zumba, temos também a ginástica funcional, temos o
alongamento para os idosos, tudo isso nesse pouco tempo de gestão. Precisamos,
sim, desse olhar, precisamos, sim, de parcerias para que possamos levar adiante
e transformar esse jovem, essa criança, que hoje está passando por essa
dificuldade, por essa violência – já foram 27 mortes nesses dias por causa
dessa guerra, dessa violência que atinge a nossa zona leste. E eu acredito que
através desse olhar, da educação, do respeito ao cidadão é que a gente vai
construir esse futuro, esse amanhã. Então, eu peço que possam se fazer
parceiros, comparecer à comunidade e conhecer os nossos projetos. A comunidade
estava esperando por isso, confiou o voto a nós, e nós estamos tentando. Hoje,
infelizmente, estamos sem nenhuma verba, precisamos tocar, queremos atingir
mais de 500 crianças, hoje estamos apenas com o número de 100 crianças, que são
atendidas nesse turno inverso, e a gente quer trabalhar em mais um turno,
oferecer as aulas de língua estrangeira, mas nós não temos a biblioteca, não
temos o local, eu só estou esperando, sou formada pela Universidade Federal do
Rio Grande do Sul e tenho a parceria para concretizar esse sonho comum, que é
meu e de vocês, porque a sociedade é construída de um todo, é uma rede
integrada. Se a periferia não estiver bem atendida, ninguém mais estará. Não
haverá segurança em nenhum canto desta Cidade. Precisamos dessa transformação
agora, urgente. Os projetos continuam sem chão, sem teto, às vezes damos aula a
céu aberto, na rua da EEEF Evaristo Gonçalves Netto, onde fica situada a nossa
sede. A cancha lá está, entregue aos mosquitos, e nós precisamos urgente de uma
cancha pelo menos. Moro lá há 41 anos, e preciso que meus filhos e meus netos
tenham esse espaço, porque mens sana in
corpore sano. Caso contrário, não há condições, e vamos perder mais jovens
para essa guerra infame, para a violência que ataca a todos nós.
Gostaria de agradecer
a atenção dos presentes, sinto-me muito honrada de poder estar aqui
representando a comunidade. Muito obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Convidamos
para compor a Mesa a Sra. Ana Lucia Del Corona Maranghello, Tesoureira da
Associação dos Moradores da Cefer 2 – AMC 2.
A Ver.ª Sofia Cavedon
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e
Srs. Vereadores. Prezada Ana Lucia Maranghello, a Bancada do PT esteve
recentemente visitando a Vila Ipê II, sua vizinha, e recebemos notícias das
grandes dificuldades que a comunidade vem vivendo, conforme V. Sa. nos traz
aqui, da ausência de respostas do Governo Municipal. É nisso que nós queremos
centrar, na falta de respostas tanto do Governo Municipal quanto do Estadual em
relação à escola, porque não é possível que a comunidade não tenha uma
interlocução real, consequente, respostas rápidas em questões tão básicas. É
tão difícil para a associação de moradores, que o trabalho é gratuito,
voluntário, mobilizar a comunidade, pois recebe muita crítica da mesma: “Ah,
mas eles estão sempre aí, mas nada muda, não fazem nada.” Na real, essa
ausência de resposta do funcionamento do CAR, dos órgãos responsáveis para
responder às entidades, muitas vezes, o que vivemos aqui – e vários Vereadores
vão testemunhar –, acaba que o Governo só dá atenção quando um Vereador, quando
a comunidade tem que chamar um Vereador para este fazer um Pedido de
Providências, um Pedido de Informação, uma visita, com foto, testemunha,
reunião, e aí, talvez, haja algum tipo de resposta. E neste momento tão grave
em que o saneamento básico é uma das questões fundamentais para a proteção da
vida das pessoas - sempre foi, mas em função do zika, da descoberta brasileira
da grave repercussão do zika nas novas crianças que nascem, mais ainda –, o
Governo devia saber que a interlocução com a comunidade, com a associação de
moradores é preciosíssima, porque ela aglutina a comunidade, pode trabalhar a
conscientização, valorizar as intervenções públicas que eventualmente o Governo
venha a fazer. Porque se a comunidade não está organizada, pode fazer uma
melhoria na praça e, no outro dia, essa praça estar depredada. Então, nós
queremos parabenizar a associação de moradores, na tua presença, e colocar a
Bancada do PT – Partido dos Trabalhadores – e sugerir que as comissões afins –
já vou sugerir ao Vereador-Presidente, Ver. Tarciso, que nós possamos, a
Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude, a qual nós compomos – fazer
uma visita à associação, ver os problemas da escola, da infraestrutura da
própria praça, que tudo tem a ver com esporte, com lazer e com cultura. Tenho
certeza, o Ver. Tarciso tem recebido as nossas pautas, de que estamos prontamente
agendados. Então, Presidente, já sugiro o encaminhamento via nossa Comissão.
Parabéns, contem conosco na luta.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver.
Elizandro Sabino está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, Ver.
Cassio Trogildo, serei bem pontual e objetivo no sentido de parabenizar a Ana
Lúcia pela sua manifestação, demonstrando também as suas ansiedades,
preocupações no que diz respeito à região onde mora, a Cefer 2, e aqui
representando a associação de moradores. Em meu nome, Ver. Elizandro Sabino, do
Ver. Paulo Brum, Ver. Cassio, nosso Presidente, Ver. Dr. Goulart e Ver. Mario
Manfro, nós, da Bancada do PTB, nós colocamos à sua disposição também para, juntos,
estarmos pensando formas de poder auxiliar nas demandas da comunidade.
Atualmente estou como Presidente da CUTHAB – Comissão de Urbanismo, Transporte
e Habitação desta Casa, e também colocamos a Comissão à sua disposição para
podermos estar dialogando alternativas e busca de soluções junto ao Poder
Executivo para as demandas da comunidade local. Parabéns pela sua presença, é
assim que as comunidades conquistam, através de pessoas com liderança e com voz
aqui neste Parlamento. Muito obrigado pela sua presença.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. João
Carlos Nedel está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr.
Presidente, quero saudar a presença da Ana Lúcia Maranghello e também da
Instituição que a senhora representa, que é extremamente importante. Em nome da
minha bancada, do Partido Progressista, do Ver. Guilherme Socias Villela, da
Ver.ª Mônica Leal, do Ver. Kevin Krieger, Presidente do nosso partido, quero
dizer que nós estamos à disposição. Há muito tempo eu tento entrar em contato
com alguém lá e não consigo. Eu tenho recebido algumas demandas individuais que
precisariam de um contato mais amplo com a entidade. Então, vou lhe dar o meu
cartão e, se a senhora puder me dar os seus telefones, para que eu possa ajudar
a desenvolver um trabalho na comunidade, pois tenho a impressão de que ela
precisa muito. Seja muito bem-vinda, e nós estamos à sua disposição. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Tarciso
Flecha Negra está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Quero saudar
aqui a Ana Lúcia. Cheguei bem no final da sua fala e ouvi uma coisa que nos
toca o coração, como ser humano. Quero aqui falar em nome da nossa Comissão, a
CECE, do Ver. Pujol, da Ver.ª Sofia e do Dr. Raul, e vamos agendar uma visita
na comunidade. Tu tocaste num assunto que é muito importante, quando tu
disseste que o esporte e a educação podem tirar as crianças daquele caminho que
todos nós sabemos que não é o caminho correto para a formação de um cidadão
equilibrado neste País. Isso nos toca a cada um, como seres humanos e como
políticos. Receberão a nossa visita. A minha bandeira é a da educação e do
esporte, a inclusão da criança e do jovem através do esporte e da educação.
Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. AIRTO FERRONATO: Caro Presidente, Cassio
Trogildo, quero trazer a nossa saudação à Sra. Ana Lucia e dizer que falo em
meu nome, em nome do Ver. Paulinho Motorista e em nome do nosso partido, o PSB.
Estou aqui na Câmara desde 1989 e tenho acompanhado desde aqueles tempos a
participação, o envolvimento, e, inclusive, as necessidades de todos os
moradores da região, essencialmente lá da nossa Cefer. Eu sou vizinho, moro na
antiga Vila Margarida, a nossa Vila Protásio Alves, e ali eu tenho uma
convivência muito próxima. Portanto, todos nós estamos juntos nesta luta que a
senhora vem travando. Acredito que a melhor posição é a posição do Ver. Tarciso
Flecha Negra, ou seja, de que uma comissão da Casa, meu querido Presidente,
faça uma visita e participe com a Sra. Ana Lucia para tratar dos assuntos da
comunidade. Eu faço parte da Comissão de Finanças da Câmara. Se precisar de um
envolvimento daquela Comissão, tanto eu como o Ver. Nedel – ou o Ver. Cecchim,
que é o nosso Presidente – estaremos juntos nesta jornada. Parabéns pela sua
disponibilidade para trabalhar pela comunidade. Um abraço. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Idenir
Cecchim está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras; Sra. Ana Lucia, boa tarde. A Cefer, quando foi
construída, ficava lá no fundo, não é isso? Lá longe. Agora, na Cefer, se
construíram muitos condomínios, muitos núcleos residenciais, dos dois lados. O
movimento da Av. Protásio Alves em direção à Av. Ipiranga é muito grande, e
vice-versa. Eu acho que é tanta gente que foi para aquela região que todos nós,
Vereadores, Prefeitura, Estado, todos temos que dar uma olhada com mais
carinho. Falta lá, na realidade, Presidente Cassio, uma visão de que é um
bairro da cidade que cresceu muito. E só cresceu o número de habitantes; as
coisas públicas que têm que ser colocadas à disposição não cresceram. Então, é
isso. Não é questão de um Vereador, de dois Vereadores ou da Câmara; acho que
nós temos é que dar uma movimentada. A senhora deu o primeiro passo. Parabéns!
Conte conosco.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Engº
Comassetto está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento, pela
oposição.
O SR. ENGº COMASSETTO: Prezado Presidente,
prezada Ana, a Cefer, lá na década de 70, se instituiu como um grande
condomínio horizontal, com uma ação da Caixa Econômica Federal e ali persiste
até hoje com a característica daquela comunidade. Eu quero falar que a Cidade
se desenvolveu muito e, hoje, no entorno da Cefer, de um lado, temos todas as
comunidades que são irregulares, que vão morro acima; subindo a Av. Antônio de
Carvalho, estão os grandes empreendimentos imobiliários, como o Rossi América e
outros mais. Essa é uma discussão que nós fazemos aqui na nossa Comissão de
Urbanismo e Habitação, para a qual queremos convidá-la: esses empreendimentos
têm que construir os seus projetos com as medidas mitigatórias para resolver os
problemas de infraestrutura urbana das regiões, e há um item que são as
compensações; e essas compensações têm que ser discutidas com as comunidades e
os seus recursos revertidos para as ações sociais das comunidades.
Então, quero oferecer
cópia de um projeto de lei que está tramitando - e queremos votá-lo ainda neste
mês – nesta Casa, que regulamenta justamente as contrapartidas dos grandes
empreendimentos, a qual passo a entregar. Muito obrigado e um grande abraço.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente; Sra.
Ana, quero cumprimentá-la. É com satisfação que recebemos a sua entidade, que a
senhora muito bem representa, entidade que há muito tempo pugna lá na Av.
Antônio de Carvalho. Lembro-me bem, ainda no final dos anos 60, quando foi
construída, era o primeiro condomínio horizontal que havia em Porto Alegre,
teve enormes dificuldades para o registro, depois até acertar as concepções.
Havia apenas aquelas duas ruas, o resto era tudo entendido como parte do
condomínio, então se entendia que não era de responsabilidade do Poder Público.
O Ver. Tarciso Flecha Negra, que é o Presidente da comissão da qual faço parte,
sou seu Vice-Presidente, em nome do Ver. Dinho, que é meu colega de trabalho, e
também em meu nome já franqueou a comissão para a senhora, nós estamos à
disposição, tanto o Ver. Tarciso, o Ver. Dinho, esportistas que são, têm
sustentado em uma cruzada que a meninada precisa, através do esporte, ser motivada
para uma vida sadia, para uma vida pura longe dessas coisas ruins que hoje
acontecem. E eu aqui, na medida do possível, os auxilio no que for necessário.
Vamos, provavelmente em breve, fazer-lhe uma visita lá na Cefer, o que para mim
será uma alegria retornar àquele local. Um abraço para a senhora, seja sempre
bem-vinda aqui na Casa.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Prof.
Alex Fraga está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. PROF. ALEX FRAGA: Boa tarde, Sra. Ana,
representando os moradores da Cefer 2, Zona Leste de Porto Alegre, eu, em nome
da minha Líder de Bancada, Ver.ª Fernanda Melchionna, do PSOL, gostaria de
manifestar nossa solidariedade com relação ao trabalho desempenhado por vocês e
por todas as associações de moradores existentes no Município de Porto Alegre.
Muitas vezes, pela omissão do Município, da Prefeitura, em prestar os serviços
essenciais à população, as associações de moradores formam um núcleo de
resistência contra, justamente, toda essa lógica cruel que é o aumento da
criminalidade, a falta, a ausência de expectativa para a nossa juventude,
portanto o trabalho de vocês é fundamental. Muitas vezes eu tenho divergência
com o Ver. Idenir Cecchim do PMDB, mas hoje nós vamos concordar. O Vereador
disse que a região cresceu demais, e eu concordo com ele, cresceu demais, não
houve o planejamento necessário por parte da Prefeitura ao longo das últimas
gestões, e inclusive estão fechando o 12º ano dessa gestão, desse modelo de
governo, e eu concordo com o Ver. Idenir Cecchim, realmente a Prefeitura está
omissa, portanto o trabalho de vocês, das associações comunitárias, é
fundamental e precisa ser estimulado, precisa ser fomentado. Parabéns e nossa
força para o seu trabalho.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver.
Delegado Cleiton está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, minha
amiga, tesoureira da Associação, eu quero dizer que o PDT, com seus Vereadores,
está à disposição e também a CUTHAB, como o Ver. Elizandro já falou. Eu tenho
um carinho muito especial por aquela região, até vou bastante à Cefer 1, meu
amigo Toninho, de lá, eu e o Ver. Cassio. Íamos também na antiga diretoria
conversar, estou me colocando à disposição junto com meus colegas, pois falo,
com certeza, em nome dos 36 Vereadores. Sua ideia é boa, o espaço comunitário é
o espaço que faz o verdadeiro trabalho junto com os moradores. Tenho um filho
que é presidente de uma associação também, e sei deste respeito que ele tem
junto aos seus colegas, amigos, vizinhos e moradores. Estamos nos colocando à
disposição.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Agradecemos a
presença da Sra. Ana Lúcia, Tesoureira da Associação da Cefer 2, este local da
nossa Cidade que tem um diferencial no tipo de aprovação urbanística. A Cefer 1
e 2 e alguns lugares da Restinga são conjuntos residenciais, é um híbrido entre
loteamento e condomínio, porque eles são abertos, mas áreas comuns são
condominiais. Então é uma questão híbrida que ainda existe na nossa Cidade do
ponto de vista inclusive do Registro de Imóveis, tanto que o endereço da Cefer
1 e 2 é o endereço lá da Av. Antonio de Carvalho,é um número lá da Antonio de
Carvalho, e a casa depois é que identifica. Quero agradecer a presença da Ana
Lúcia. O Ver. Delegado Cleiton já publicizou, também sou assíduo lá na Cefer 1,
fizemos a iluminação da Cefer 2 ao lado da Associação. Contem sempre conosco, e
estejam sempre presentes aqui na Câmara de Vereadores, onde temos 36 Vereadores
para ajudar a comunidade. Muito obrigado. Estão suspensos os trabalhos para as
despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h43min.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo – às 14h44min): Estão reabertos os trabalhos. O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente,
Ver. Cassio Trogildo; demais Vereadores e demais cidadãos que visitam esta
Casa, prezados Vereadores, o taxista Ademir Carneiro nos trouxe uma demanda da
Rua São Carlos, 827, que é um tronco de árvore muito grande. Olhem os senhores
aqui. (Mostra fotografia.) É uma fotografia para que
eu possa, no mínimo, dar satisfação a este cidadão, porque nos trouxe essa
demanda, Srs. Vereadores, olhem bem, é um tronco de árvore que está tomando a
metade da Rua São Carlos, desde aquele momento em que houve aqui, em Porto
Alegre, aquela grande tempestade, para não dar um outro nome àquilo, porque,
até hoje, nós não sabemos efetivamente o que houve aqui em Porto Alegre. Mas
foi algo assustador, e nós precisávamos e precisamos ter paciência com o
Governo. Só que essa paciência, ela tem prazo, como tudo na vida tem prazo.
Tudo na vida tem tempo, tem tempo certo. Eu tenho o maior apreço ao Mauro, Secretário
Municipal do Meio Ambiente, eu sei que ele é um homem responsável, e quem sabe,
neste momento, eu possa estar colaborando com o Secretário Mauro, porque eu não
posso admitir um despacho da sua Secretaria com este teor: “Prezado Ver.
Bernardino. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, SMAM, informa que, no
momento, não está recolhendo este tipo de resíduo - tronco com raízes expostas
- por falta de local de licenciamento para destinação.”
Senhoras e
senhores, a SMAM não tem local para colocar porque falta licenciamento? Mas se
a SMAM, Secretaria do Meio Ambiente, não tem licenciamento, quem é que
licencia? Quem licencia? Olhem, pessoal, às vezes, eu tenho feito um esforço
danado para me conter para não ofender, só que eu tenho obrigação, cada um de
nós tem uma leitura das nossas obrigações, mas eu, neste momento, a minha
pessoa, eu já disse, não raras vezes, eu tenho vergonha de ser Vereador. Porque
não se pode justificar dessa forma! Mas o que é isso? Quem é que licencia
então? É o hospital? Aqui, nesta Cidade, e, aliás, no Rio Grande do Sul, nós
estamos vivendo um momento muito triste. As empresas estão buscando
licenciamento, as empresas que geram a economia deste Estado, desta Capital são
escravas, de um lado, dos setores de licenciamento dos Municípios, de outro, do
Corpo de Bombeiros, por não terem condições, estrutura técnica ou por que têm
dificuldade de interpretar a legislação. É uma vergonha que nós tenhamos, em
cada Município, um critério diferente! Os Deputados que se debruçaram, se atiraram,
depois do incêndio da boate Kiss, fizeram uma lei - tudo bem, com boas
intenções, mas às pressas -, só que existem dificuldades em aplicá-la, porque
os Municípios também têm legislações e há conflito de leis. No próprio Corpo de
Bombeiros, os órgãos de engenharia do Estado, de modo geral, vêm reclamando que
nada acontece, absolutamente nada, tudo está parado, como se as empresas, o
comércio, a indústria, todos fossem algo que pudesse ser relevado. Nós só
estamos aqui porque a Capital, o Estado e todos os Municípios têm um
empresariado de vários segmentos que faz com que nós possamos estar aqui
defendendo os interesses da coletividade. Pelo amor de Deus, Prefeito,
Secretários e homens do Governo que estão aqui: não dá mais!
(Não revisado pelo
orador.)
(Ver. Delegado
Cleiton assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Cassio
Trogildo está com a palavra em Tempo de Presidente.
O SR. CASSIO TROGILDO: Boa tarde Ver.
Delegado Cleiton, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos acompanha
nas galerias da Câmara Municipal e também pela TVCâmara; peço um pouquinho de
paciência para os colegas que têm uma apresentação daqui a pouco e também para
o pessoal que nos acompanha aqui para a homenagem proposta pelo Ver. Márcio
Bins Ely, mas nós temos alguns Líderes inscritos. Eu pedi este Tempo de
Presidência, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, porque hoje, na Mesa Diretora
e também no colégio de Líderes, nós fizemos uma avaliação do cenário político
nacional e também da necessidade desta fala que não será somente do Presidente,
mas também do conjunto da Câmara de Vereadores, por meio de seus líderes, dos
nossos pares, em relação as aprazadas manifestações que teremos no próximo
domingo, dia 13. Essas manifestações levarão para a rua grupos opostos do ponto
de vista ideológico, partidário, favoráveis ou contrários ao Governo Federal. A
Câmara Municipal de Porto Alegre decidiu por sua Mesa Diretora e por seu
Colégio de Líderes, por consenso, fazer um apelo à sociedade porto-alegrense,
que é o que nos cabe, para que essas manifestações sejam realizadas dentro da
legalidade, sem excessos e, principalmente, sem violência. Nós já temos muitas
dificuldades na área da Segurança e queremos muito que a liberdade democrática,
que será expressa, seja dentro dos princípios da democracia.
O trabalho do
Judiciário, em especial, os desdobramentos da Operação Lava Jato, não podem
servir como estopim para uma crise entre os poderes, nem para posturas
violentas de segmentos da sociedade, de nenhum lado, nem dos simpatizantes do
Presidente Lula e nem daqueles que defendem o impeachment da Presidente Dilma. As crises institucionais não
beneficiam a ninguém. O Poder Executivo, o Judiciário e o Legislativo, como
prevê a nossa Constituição, devem trabalhar em harmonia, respeitando os limites
reservados a eles na nossa Constituição. Essa engrenagem, porém, só pode
funcionar se houver tranquilidade nas ruas. Os Vereadores desta Casa,
representados por partidos diferentes de posições políticas e ideológicas,
ressaltam, portanto, a necessidade de que as instituições sejam respeitadas e
pedem o distensionamento dos ânimos, apesar da situação acalorada da política
nacional, o que não podemos desconsiderar.
As manifestações que
buscarem o conflito ou que pretendam dividir a sociedade brasileira através do
pensamento maniqueísta não combinam com o comportamento pacífico do povo
brasileiro. Não se trata aqui de dizer: fiquem em casa. Muito antes pelo
contrário. Cada um tem o direito e até o dever de manifestar a sua opinião no
Estado Democrático de Direito em que vivemos. Lutar pelos seus sonhos de ir
atrás pelo que acha certo para o País, mas há limites. Este é o apelo que faço
desta tribuna, em nome dos 36 Vereadores, em nome do nosso Poder Legislativo,
em nome da nossa cidade de Porto Alegre, para que não tenhamos violência; os
grupos que forem se manifestar não precisam, necessariamente, se encontrar,
utilizem os espaços distintos da Cidade, é uma Cidade muito grande. Não precisa
haver confronto. O confronto pode e deve acontecer no campo das ideias.
A caminhada do nosso
País rumo às melhorias que todos desejamos para o Brasil tem que ser firme, mas
acima de tudo, muito serena. O respeito às diferenças é fundamental na
democracia. Em tempos de crise da segurança pública, o que devemos esperar dos
atos marcados para domingo são manifestações pacíficas, ordeiras, respeitando a
integridade de todos.
Então, fica aqui o
apelo, sei que vários Vereadores, em nome de suas Bancadas, também vão se
manifestar para que possamos, acima de tudo, e pelo princípio democrático,
termos manifestações livres, democráticas e sem confronto, confronto apenas no
campo das ideias. Muito obrigado e um grande abraço.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver.
Rodrigo Maroni está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. RODRIGO MARONI: Boa tarde,
Presidente, Ver. Cassio Trogildo; demais colegas Vereadores e Vereadoras,
público que nos assiste pela TV Câmara, público que logo vai ser homenageado pelo
meu querido colega, Márcio Bins Ely, os funcionários do INEPE, eu estava
conhecendo um pouco o Reitor e a história, e depois vou fazer um aparte
específico.
Eu queria
também fazer uma saudação aos funcionários da Câmara Municipal de Porto Alegre,
que constituíram, através da Tabata Miolo, Assessora Parlamentar, parceira da
lutas pelos direitos humanos, já conhecida por isso, uma pessoa com muita
sensibilidade, uma amiga de quem gosto muito, o grupo de Pró-Equidade de Gênero
e Raça, aqui na Câmara, não vou poder citar todas pelo tempo que temos, mas
entre elas a luta para acesso e valorização dos funcionários dentro da Câmara
Municipal. Por exemplo, aqui temos vários representantes negros, o que muito
nos orgulha, amigas, pessoas que fazem a luta, além de funcionários da Casa,
tem funcionários homossexuais aqui na Câmara, como a Tabata estava me
relatando, e o Prof. Jorge, uma figura que conheço há 15 anos, foi meu
professor na Universíade, funcionário da Câmara Municipal há 30 anos,
seguramente vai ser muito importante essa luta que estão apresentando.
Eu acho que é
fundamental que os colegas Vereadores, até comentava com eles, duvido que algum
colega vá ter coragem de fazer qualquer tipo de questionamento a essa luta, que
é absolutamente fundamental para um espaço que é popular, o Parlamento, que é
da população, nada melhor do que começar por aqui o que se questiona fora
daqui.
Aproveitando este
público do INEPE, resolvi subir para
relatar que a minha luta aqui dentro é uma luta fundamentalmente em defesa dos
animais. Eu acho importante, funcionários, pessoas que representam um nicho
fundamental que é a Universidade, que é o acesso à educação, se sensibilizar
com relação a esse tema. Ontem, vim aqui para falar da importância que é a
conquista da gente ter um hospital veterinário publico. Muitas vezes, eu
entendo, é um tema que a maior parte das pessoas não se dá nem conta que
existe, ou tem um cachorrinho de raça em casa, passa a mão eventualmente, mas
ninguém se dá conta, e essa é uma realidade que não é de opinião, é uma
realidade constatada, não há na Cidade nem uma diretoria para defender os
animais. Para vocês terem ideia, são centenas de casos de assassinatos,
estupro, espancamentos, atropelamento, e esses animais morrem porque uma
cirurgia de um animal custa R$ 1.500,00, R$ 2.000,00, R$ 3.000,00, como a de
uma pessoa. E até hoje, aqui em Porto Alegre inclusive, depois das 17h, um
animal que era atropelado não tinha o que fazer, e centenas morreram por conta
disso. Eu quero dizer que a
conquista do hospital... Ontem, em
torno das 7h da manhã, eu fui resgatar um animal que tinha levado um tiro.
Agora é uma prática, do tráfico de Porto Alegre, dar tiro em animais que latem.
Não foi um, se vocês olharem na Internet verão que eu devo ter pegado, nesse
último ano, pelo menos 20 animais que tomaram tiro de traficante em locais
populares da Cidade. Eu venho aqui para pedir às pessoas que – não pelo Maroni
ou outro Vereador – levem para dentro de suas casas, para os seus trabalhos,
para a universidade, falem com os colegas acerca da importância de defendermos
os animais. Nós nunca paramos para pensar que eles não têm ninguém que os
defendam, não têm nem como falar. Vocês imaginem sentir dor, medo, frio,
tristeza, tudo o que um ser humano sente só que sem ter voz para poder
expressar o que está sentindo. Só tendo a sensibilidade de olhar nos olhos de
um animal para perceber o que ele sente. O animal que eu regatei ontem já está
internado.
Na semana retrasada,
um senhor foi internado em estado terminal na cidade de Quintão e deixou 40
animais por uma semana e meia sem alimento. Quando eu cheguei lá, já tinham
três mortos, pois, entre brigas e fome, tinham comido um ao outro. Quem quiser
pode olhar na Internet. Quando cheguei lá tinham animais mortos e começamos a doar
os vivos. Até agora foram quase todos, de 40 sobraram seis que são os mais
ariscos e não podem ser doados para qualquer pessoa. Já encontramos uma família
que vai dar amor, cuidado para os outros. Uma situação tão triste; imaginem que
os animais dormiam dentro da casa com o seu protetor, essa pessoa adoeceu e os
animais ficaram completamente abandonados. Isso não é uma exceção, já resolvi
casos semelhantes em Alvorada, Porto Alegre e, lamentavelmente, acontece muito,
por isso a defesa dos animais tem de ser de todos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Passamos à
cerimônia de adesão da Câmara Municipal ao Programa Pró-Equidade de Gênero e
Raça. Convido o nosso mestre de cerimônias para a condução dos trabalhos.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS (José Luis Espíndola Lopes): Portaria nº 251 – O Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, no
uso de suas atribuições legais e de conformidade com o inc. VI do artigo nº 20
do Regimento deste Legislativo Municipal, considerando o que consta no Processo
nº 186/16, designa, a contar da publicação no Diário Oficial de Porto Alegre,
os servidores constantes do quadro abaixo para constituírem o Comitê Gestor de
Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, na Câmara Municipal de Porto Alegre,
com as seguintes atribuições: coordenar e produzir conhecimento sobre o
Programa; gerenciar o plano de ação; fomentar o contato com o tema da
discriminação e desigualdade de gênero e raça na organização e na sociedade;
divulgar dados das pesquisas oficiais e da ficha-perfil da organização; definir
o material de divulgação interna e externa da Câmara Municipal do Programa; e
promover o programa por meio de recursos de mídia. São os seguintes
funcionários: Lúcio Antonio Machado Almeida; Zaira Felipe Soutinho; Andréia
Peres de Castro Oliveira; Jorge Alberto Soares Barcelos; Renata Beatriz
Mariano; Márcia Ribeiro Miranda; Paola Andressa Lima Dornelles; Bruno Walber
Viana; Tâmara Joana Biolo Soares; Guilherme Miranda Dutra; Carolina Andreola da
Silveira e Ana Marta Velleda Resing. Gabinete da Presidência da Câmara
Municipal. Porto Alegre, 10 de março de 2016. Vereador Cassio Trogildo,
Presidente.”
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Quero,
primeiramente, agradecer e parabenizar, em nome dos nossos 36 Vereadores, mas
também em nome do conjunto da Casa, a constituição desse grupo para tratar
deste tema tão importante. A Andréia vai nos representar na sua fala, mas
também queria fazer uma homenagem muito especial à nossa Diretora Tâmara, que
assumiu a Diretoria Administrativa da Casa e que, num curto espaço de tempo à
frente dessa Diretoria, já construiu um legado que, com certeza, vai permanecer
por muito tempo aqui na nossa Câmara Municipal de Porto Alegre. A colega Tâmara
foi convidada para uma outra tarefa no Município de Canoas. Queria aqui deixar
de público o nosso agradecimento a nossa Diretora Tâmara e o reconhecimento, em
nome da Casa, pelo trabalho que desenvolveu até agora e que vai ficar marcado
na história e nos anais da nossa Câmara Municipal.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS (José Luís Espíndola Lopes): A Sra. Andréia Peres de Castro Oliveira está com a palavra.
A SRA. ANDRÉIA PERES DE CASTRO OLIVEIRA: Senhoras e senhores, boa tarde. O Programa Pró-Equidade de Gênero e
Raça, instituído pelo Governo Federal por meio da Secretaria de Políticas para
Mulheres no ano de 2005, consiste em uma iniciativa de sucesso na busca pela
propagação da igualdade de oportunidades no mercado de trabalho nacional e
está, atualmente, em sua sexta edição. Ao introduzir a discussão do tema em
cada uma das entidades participantes do programa, busca contribuir para a
eliminação de todas as formas de discriminação no acesso, na remuneração, na
ascensão e na permanência no emprego; conscientizar e incentivar empregadores e
empregadoras em relação às práticas de gestão de pessoas e de cultura
organizacional que promovam a igualdade de oportunidades entre mulheres e
homens dentro das organizações; reconhecer publicamente o compromisso das
organizações com a igualdade entre mulheres e homens no mundo do trabalho;
promover a rede Pró-Equidade de Gênero e Raça; disponibilizar e divulgar um
banco de práticas de igualdade entre mulheres e homens e raça no âmbito da
gestão de pessoas e cultura organizacional no mundo do trabalho.
O programa também
objetiva promover a igualdade nas relações formais de trabalho ao disseminar a
equidade na ocupação de cargos gerenciais. A instituição que, voluntariamente,
adere a ele, quando alcançar o percentual mínimo de cumprimento de ações
acordadas, obterá a certificação como entidade que promove a equidade de gênero
e raça entre o seu quadro funcional, na imagem do selo pró-equidade de gênero e
raça, uma marca reconhecida e que engrandecerá a imagem da Câmara Municipal de
Porto Alegre tanto para o público externo quanto para os servidores.
A iniciativa
da inscrição deste Legislativo no programa foi da Diretoria Administrativa, e a
coordenação dos trabalhos caberá ao Comitê Gestor, designado por portaria
assinada hoje pelo Sr. Presidente Cassio Trogildo e composta pelos servidores
aqui presentes. O comitê gestor terá a incumbência de
coordenar e produzir conhecimento sobre o programa; gerenciar o plano de ação;
fomentar o contato com o tema da discriminação, desigualdade de gênero e
racismo na Câmara e na sociedade; divulgar dados das pesquisas oficiais e da
ficha perfil da instituição; definir o material de divulgação interna e externa
de nossa participação no programa. O plano de ação elaborado pelo comitê gestor
vai conter ações referentes às políticas de recrutamento e seleção de
funcionários, com a finalidade de aumentar a diversidade racial e de gênero;
capacitação e treinamento dos servidores com cursos sobre equidade de gênero e
raça no serviço público; ascensão funcional e plano de carreira; equidade de
oportunidades em posições gerenciais por gênero e raça; políticas de
benefícios; programas de saúde e segurança funcional; mecanismos de combate ao
preconceito; campanhas de conscientização e recadastramento dos servidores
segundo critérios de gênero e cor/raça. Todas elas deverão ser implementadas no
Legislativo Municipal ao longo de dois anos de trabalho, e a realização desses
objetivos e do plano de ação é de responsabilidade de todo o corpo funcional da
Câmara de Vereadores, isto é, servidores efetivos, comissionados, diretorias e
chefias, com o imprescindível apoio da administração.
A Câmara Municipal
tem um quadro de servidoras e servidores muito qualificado e competente, no
entanto, seu corpo funcional não está imune aos preconceitos e ações discriminatórias
de gênero, de homofobia e racismo presentes na sociedade. É por essas razões
que é fundamental tratarmos desses temas e agirmos enquanto instituição, para
promover ações afirmativas que garantam a equidade e o direito de todos os
servidores e servidoras. Obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela
oradora.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: Vereador-Presidente,
espero que nós possamos, em um minuto cada bancada, nos referir à excelente
iniciativa, e gostaria de iniciar, inclusive em nome da Procuradoria da Mulher
desta Casa. Primeiro, quero cumprimentar Vossa Excelência. De fato, sinto-me
muito grata, e orgulha a todos nós compor esta Casa, quando ela toma a decisão
de aderir ao Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Quero cumprimentar a
Diretora Tâmara. Sei que, com sua caminhada de direitos humanos, com sua
história, sua luta, tem uma grande responsabilidade nisso, e nós ficamos muito
orgulhosas da contribuição que as mulheres dão, sempre muito decisiva. Gostaria
de cumprimentar também, em nome do Partido dos Trabalhadores – Vereadores Engº
Comassetto, Kopittke, Sgarbossa –, cada uma e cada um dos funcionários que
assumiram esse desafio.
E não pensem que tem
pouca coisa a fazer. A nossa Casa não tem tradutor e intérprete de língua, de
sinais, não tem acessibilidade plena, tem muitas questões em relação às
próprias funcionárias, às funcionárias terceirizadas, às mulheres, ao assédio,
às relações de trabalho, à carreira... Bom, aqui já foi lido pela Andréia, e eu
fico muito feliz de estar proclamando tantos compromissos.
Quero dizer que nós
somos parceiros; que a Procuradoria da Mulher, quanto mais fortalecida estiver,
mais será contributiva nesse processo de transformação, e dizer que nos
orgulhamos. Esse é um programa nacional da Secretaria de Política para as
Mulheres, do Governo Federal, que espero que esteja comprometendo os
Legislativos, os Executivos, as entidades do País inteiro. Que bom quando o
Brasil se organiza para radicalizar a democracia, porque só quando nós
superarmos preconceito de raça, de cor, contra a mulher, a exclusão da pessoa
com deficiência ou por qualquer natureza, por opção sexual ou por opção
religiosa, nós teremos uma democracia plena. Parabéns, Presidente! Parabéns a
cada um e a cada uma, e que o programa traga excelentes frutos para nossa
Cidade, para nosso Legislativo.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Obrigado,
Ver.ª Sofia Cavedon. Vamos proceder à assinatura da Portaria.
(Procede-se
à assinatura da Portaria.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Passamos às
Hoje, este período é destinado a homenagear o Grupo
Educacional do Instituto Nacional de Especialização, Pós-Graduação e Extensão,
nos termos do Requerimento nº 018/16, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely.
Convidamos para compor a Mesa: o Dr. Faustino Júnior, Magnífico Reitor da
Facspar e Facinepe/RS e CEO do Grupo Educacional INEPE; o Sr. Carlos Fett Paiva
Neto, Secretário Adjunto da Secretaria Municipal de Administração e Pró-Reitor
de Relações Interinstitucionais
O Ver. Márcio Bins Ely, proponente desta homenagem,
está com a palavra em Comunicações.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.)
Em especial os colaboradores do grupo INEPE, que hoje abrilhantam a nossa
Sessão, esta homenagem que presta a Câmara Municipal – e, quando falo a Câmara,
falo a Cidade – ao Grupo Educacional INEPE pelos cinco anos de relevantes
serviços prestados aqui na Capital dos gaúchos. Peço que, de imediato, passemos
a assistir ao vídeo institucional do grupo Educacional para elucidar também a
nossa homenagem.
(Procede-se à apresentação de vídeo.)
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Na Capital gaúcha
bate o coração do Grupo Educacional INEPE. Em 11 de março de 2011,
transferia-se para Porto Alegre a sede administrativa do Grupo. Quero dizer que
tive a oportunidade de visitar, ali na Av. Bento Gonçalves, questões de
tecnologia de ponta, Ver. Engº Comassetto, e a estrutura física do grupo
educacional chama muito a atenção de quem ali visita e de quem utiliza as
dependências no aperfeiçoamento e qualificação da sua área educacional.
Amparado em pilares sólidos, o grupo comemora
cinco anos, com mais projetos do que nunca e, para este ano de 2016, projeta um
crescimento de 200% na sua esfera de atuação educacional. O Instituto Nacional
de Ensino Pós-Graduação e Extensão tem por objetivo democratizar o acesso ao
ensino superior no Brasil, sendo essa a principal missão do grupo, que mantém
em seu pool de instituições a
Facspar, Facinepe e a Facinepe-RS. Para que isso de fato ocorra, o grupo tem
como base a oferta de cursos de qualidade reconhecida, com a nota máxima, pelo
MEC – Ministério da Educação. Então isso também chama a atenção, e a qualidade
do corpo discente realmente se reafirma quando submete seus alunos a esse tipo
de prova que atesta a qualidade do ensino através do Ministério da Educação.
São centenas de unidades espalhadas por todas as regiões do País, ao todo, o
grupo oferece, além de cursos de graduação, mais de quatrocentos cursos de
pós-graduação, diferentes cursos de extensão, mestrado e doutorado, em parceria
com instituições, inclusive do exterior.
Um destaque, que
inclusive foi passado aqui no vídeo, e que queremos ressaltar nessa nossa
intervenção, Reitor Faustino, é essa constatação de que cem por cento dos
professores são doutores e que os cursos de especialização do Grupo Educacional
INEPE atuam nas mais diversas áreas da saúde, medicina veterinária, educação,
direito, tecnologia da informação, arquitetura, engenharia e administração. O
Grupo Educacional INEPE entende que é preciso formar mais do que exímios
profissionais, pessoas com capacidade de transformar o mundo.
Também quero destacar
as parcerias internacionais do grupo, que proporcionam aos alunos, em especial
aos alunos da pós-graduação, a possibilidade de aperfeiçoamento nas melhores
universidades do planeta, através de convênios com a Miami University,
Universidad a Distancia de Madmrid, Harvard University e Universidade de
Oxford.
Poderia aqui também
falar a respeito do currículo do Dr. Faustino Júnior, Professor e Reitor, que
tem um vasto conhecimento e aperfeiçoamento nas mais diversas áreas do
conhecimento. Quero reforçar e reiterar aqui que, quando fala a Câmara, fala a
Cidade, e esta é uma homenagem da cidade de Porto Alegre ao Grupo Educacional
do INEPE, Dr. Faustino. E, na sua pessoa, nós queremos resumir aqui também um
agradecimento e um reconhecimento penhorado a todos aqueles que, de uma forma
ou de outra, fazem o dia a dia do INEPE, todos os colaboradores que têm,
através da sua contribuição, colaborado para que esse nível de excelência fosse
alcançado, que Porto Alegre pudesse ter uma ferramenta tão importante no
aperfeiçoamento dos conhecimentos para aqueles que procuram o INEP para os
cursos de graduação e para as mais diversas modalidades de ensino da Cidade.
Então, fica aqui penhorado o nosso reconhecimento e agradecimento a todos vocês
que estão presentes nesta homenagem.
O Sr. João Carlos Nedel: V. Exa.
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ilustre Ver. Márcio Bins Ely,
quero, em nome da Bancada do Partido Progressista, cumprimentá-lo por essa
homenagem, em nome dos Vereadores Kevin Krieger, presidente do nosso partido,
da Ver.ª Mônica Leal, do grande ex-prefeito e hoje Ver. Guilherme Socias
Villela, em meu nome, cumprimentar o INEPE e também a V. Exa. pela importante
homenagem que está prestando.
E quero também, Sr.
Presidente, dizer que esta Casa precisa agradecer o INEPE pela forte
contribuição que tem dado à educação na nossa cidade de Porto Alegre. O Ver.
Márcio já falou dos cursos e do convênio destes com outras universidades,
inclusive internacionais. Isso melhora a educação da nossa Cidade. Quero
cumprimentar também pela apresentação dos seus colaboradores e funcionários.
Como é bom ver alunos e funcionários assim, bem apresentados, muitos deles
vindo aqui conhecer a nossa Cidade.
Parabéns pelos cinco
anos de contribuição forte à educação nesta Cidade. E os meus votos de que
continue crescendo sempre e contribuindo fortemente com essa área tão
importante. Meus parabéns.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Obrigado, Ver. João
Carlos Nedel.
O Sr. Rodrigo Maroni: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Quero fazer uma saudação ao magnífico Reitor
Dr. Faustino Júnior, ao Sr. Secretário Adjunto da Secretaria de Administração e
Pró-Reitor Carlos Fett Paiva Neto, nosso amigo e parceiro. Venho aqui reiterar
a admiração e parceria que eu tenho com o Ver. Márcio Bins Ely, que sempre
procura trazer temas e homenagens relevantes aqui para a Câmara Municipal. Eu
tenho certeza de que muito dessa tua sensibilidade com relação à questão do
INEPE surgiu na época do teu movimento estudantil. O Márcio, para quem não
sabe, é oriundo do movimento estudantil, um cara que foi sempre sensível às
questões de educação. E eu não poderia deixar de dizer – tu, Márcio, és um
pouquinho mais velho do que eu – como era difícil, na nossa época, o acesso às
universidades. É importante então fazer essa saudação a todas essas entidades
que são sérias e que de fato democratizam a educação. Há dez anos não tínhamos
essa facilidade às universidades, a cursos técnicos e de graduação como temos
hoje. E vocês se consolidaram e ampliaram, num momento de disputa de mercado
muito grande, com muito empreendedorismo. E aí eu quero fazer menção ao senhor
ser jovem e Reitor e ter essa coragem de enfrentar esse mercado que é tão
difícil, porque hoje há quase que uma universidade por quadra. O que é positivo
para a população, mas também gera uma disputa de mercado que não é fácil. E o
que mais me surpreendeu com relação ao INEPE é ver o número de funcionários que
vocês têm, porque eu até comentei que na época em que eu estudava na Unisinos
não tinha tanto funcionário como o INEPE tem hoje, talvez. E é fundamental a
valorização desses funcionários, porque, em última instância, a cara de uma
universidade ou a cara de qualquer empresa é o funcionário. A primeira linha de
acesso é o professor ou o funcionário. Então valorizar os funcionários é a
garantia de que vocês vão ter vida longa e sólida como vêm
tendo até aqui. Parabéns ao INEPE, parabéns ao Reitor e aos funcionários do
INEPE. (Palmas.)
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Obrigado, Ver.
Maroni.
A Sra. Sofia Cavedon: V. Exa. permite um
aparte? (Assentimento do orador.) (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Recebi – e quero agradecer – um convite para um almoço que
celebrará os cinco anos de presença do INEPE no Rio Grande do Sul, mas amanhã
temos uma agenda muito intensa, então, talvez eu não consiga chegar.
Falo em nome dos
Vereadores Comassetto, Kopittke e Sgarbossa para dizer que o Partido dos
Trabalhadores tem um amor muito grande pelo papel que a educação tem que
cumprir neste País. A nossa relação pública e privada tem que ser uma relação
que respeita a Constituição Federal, a legislação brasileira e a LDB. Os Planos
Nacionais de Educação foram construídos com a participação e com o protagonismo
das entidades, das escolas públicas e privadas da sociedade brasileira e têm
grandes metas para o Brasil, como por exemplo dobrar o número de vagas no
Ensino Superior, num período de dez anos; descentralizar, qualificar, ampliar a
presença da educação dos pequenos ao Ensino Superior. Então, é bem-vinda uma
instituição com esta força, com esta garra, com esta potência e que possa
construir sujeitos, seres humanos cada vez mais democráticos, igualitários,
libertários.
Eu, ontem, assistia
ao filme “Malala”, sobre o qual fizemos um debate. Sugiro a todos, aos
professores e professoras que assistam a ele; é um filme maravilhoso, onde uma
menina luta contra o fundamentalismo, que explode escolas. Uma forma de
terrorismo é impedir que as escolas funcionem, é impedir que as mulheres
frequentem escolas, ou seja, a educação é perigosa, é libertadora, é
transformadora, é construtora de sujeitos livres.
Parabéns pela
história de vocês e que vocês possam compor esta sociedade mais justa que nós
sonhamos, Ver. Márcio Bins Ely, porque a educação, com certeza, tem um papel
fundamental. Longa vida ao INEPE! (Palmas.)
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Obrigado, Ver.ª
Sofia.
O Sr. Airto
Ferronato: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Sr. Presidente,
Ver. Cassio Trogildo; ilustre professor Faustino, que está conosco; Secretário
Carlos Fett; Ver. Márcio Bins Ely. Hoje, estamos aqui prestando essa homenagem
e o que é importante: casa cheia, com uma presença bastante expressiva de
professores, funcionários, alunos e direção, homenageando o aniversário da
instituição. Estou aqui falando em nome do meu Partido – o PSB -, em nome do
Ver. Paulinho Motorista e em meu nome, com muita honra dizendo que de longa
data sou professor universitário, sou professor de MBA, então tenho uma
vivência extraordinariamente extensa e intensa no meio.
Meu caro Márcio, quero dizer da importância de hoje
a Câmara homenagear uma instituição de ensino que tem alcance nacional, internacional,
tem história, tem ótima avaliação, e, antes de mais nada, é uma instituição que
trata de trazer ao nosso jovem – essencialmente ao jovem – aquela formação
indispensável durante a sua presença enquanto aluno e tenho certeza de que, a
partir dela, na sua vida pessoal e profissional. Portanto, estamos aqui para
trazer um abraço à direção da instituição, nosso INEPE; um abraço a todos que
estão conosco – professores, alunos, direção, servidores; e um abraço a ti, meu
querido Márcio, pois raramente aqui se homenageia uma instituição. E quando se
homenageia a instituição é pela expressão da instituição, e quando se
homenageia a instituição – repito, Márcio – com a presença bastante intensa de
vocês, significa o carinho que a instituição merece, que vocês merecem e Porto
Alegre retribui a vocês o carinho que todos vocês merecem por estarem aqui na
nossa querida Porto Alegre – Capital dos gaúchos. Um abraço. Obrigado.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Obrigado, Ver. Ferronato.
O Sr.
Elizandro Sabino: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Ver. Márcio Bins Ely, quero saudar V. Exa., de início, parabenizando
pela iniciativa. Quero saudar também
o nosso Presidente, Ver. Cassio Trogildo; o Dr. Faustino, Magnífico Reitor; e
também Sr. Carlos Fett Paiva Neto, Secretário Adjunto de Administração do
Município, que compõem a Mesa, e dizer, Ver. Márcio, que atitudes como a de V.
Exa., aliás, o colega tem sempre pautado as suas homenagens, seus projetos com
brilhantes iniciativas, e quero dizer que esta iniciativa de homenagear o Grupo
Educacional do Instituto Nacional de Especialização, Pós-Graduação e Extensão é
uma das atitudes mais nobres, honrosas a este Grupo que tem desempenhado uma
atividade tão essencial, que é na área de educação. Eu que, no ano passado,
tive a felicidade de concluir o meu mestrado em direito, depois de dois anos,
Ver. Cassio Trogildo, que foi um parceiro nos acompanhando, dois anos lutando
em prol deste sonho, que é um sonho pessoal, concluir uma atividade de
pós-graduação, um curso de especialização e, por fim, no ano passado, logrando
êxito ao final com o título de Mestre em Direito. Vossa Excelência que também é
colega advogado, eu não poderia me furtar de vir a este microfone de apartes
parabenizá-lo e toda a assistência que aqui está presente na tarde deste dia e
dizer mais uma vez: muito obrigado por nos oportunizar este momento desta justa
e honrosa homenagem. Parabéns! (Palmas.)
O SR. MÁRCIO BINS ELY: Obrigado, Ver. Sabino, eu agradeço
penhoradamente todas as manifestações das Bancadas que se somaram a esta
homenagem. Queria trazer também um pouquinho do quão realmente é importante
essa busca do aperfeiçoamento na formação de cada um de nós. Eu me lembro
quando assumi o primeiro mandato em 2005. De imediato, assumi uma responsabilidade
junto à Comissão de Constituição e Justiça, Fett, na época o Presidente era o
Ibsen Pinheiro, o Vice-Presidente da CCJ era o Paulo Odone, e em seguida, em
uma parceria com o Ver. João Bosco Vaz, em 2006, assumi a Secretaria de
Esportes e ali eu percebi que estava me faltando alguma coisa e fui atrás de
uma especialização. Fiz uma pós-graduação em direito público e me ajudou muito
a qualificar a minha atuação no mandato. Depois tive a oportunidade também de
responder pela Secretaria do Planejamento. Estamos aqui também nessa caminhada
já perfazendo quase uma década de contribuições com iniciativas deste mandato a
favor do povo de Porto Alegre e fico muito feliz de hoje poder, também, aqui
reiterar essa que é, sem dúvida nenhuma, uma das principais bandeiras do nosso
partido. Quero aqui fazer uma saudação ao saudoso Leonel Brizola, que se
encontra no Oriente eterno, de que realmente a educação é a única ferramenta,
ou, sem dúvida nenhuma, a melhor ferramenta para a libertação dos povos e das
pessoas. Quero me somar a todos os que me apartearam, que colaboraram
sobremaneira com essa homenagem. Quero, parafraseando Chaplin, fazer um
fechamento que acho que traduz um pouco o sentimento do que vocês representam e
do que representa a coragem do Grupo Educacional INEPE, que diz o seguinte:
“Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com
ousadia, porque o futuro pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser
insignificante”. Vida longa! Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Convidamos o Ver. Marcio Bins Ely para fazer a
entrega do diploma ao Grupo Educacional INEPE, ao Magnífico Reitor, Professor
Doutor Faustino Júnior.
(Procede-se à entrega do diploma.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Convidamos para fazer uso da palavra o Professor
Doutor Faustino Júnior, Magnífico Reitor do Grupo Educacional INEPE,
O SR. FAUSTINO
JÚNIOR: Senhores, em primeiro lugar quero cumprimentar o Presidente desta Casa,
Ver. Cássio, e em segundo lugar, em especial, cumprimentar o Ver. Márcio Bins
Ely pela singela, porém honrosa, homenagem, a qual, de antemão, já compartilho
com todos os meus queridos e afilhados funcionários. Vereadores João Carlos
Nedel, Rodrigo Maroni, Sofia Cavedon, Airto Ferronato, Elizandro Sabino, demais
membros e colegas desta Casa, em nome do Grupo Educacional INEPE, agradeço
também ao meu Pró-Reitor de Relações Institucionais, Secretário Adjunto de
Administração da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, Carlos Fett Paiva Neto.
É com muita honra que eu venho a esta tribuna, a nossa Casa, à Casa do Povo, à
Casa da nossa cidade de Porto Alegre, receber esta homenagem em nome do Grupo
Educacional INEPE. Na verdade, em 11 de março de 2011, iniciávamos uma honrosa
e ousada caminhada nesta Capital. Iniciamos as atividades, por meio do INEPE,
Instituto Nacional de Ensino, Pós-Graduação e Extensão, num primeiro momento,
tendo como foco a oferta de cursos livres e a prestação de serviços, como
colaborador, como polo, como representante de outras instituições do nosso pool. Com o tempo, o nosso grupo foi
recrudescendo, crescendo, ganhando força, pujança, reconhecimento, e este
crescimento que se dava mês a mês fez com que o nosso instituto nacional
passasse dentro do Grupo Educacional INEPE, que era sediado já há mais de
trinta anos no Paraná, a controlá-lo, a dirigi-lo. Isso permitiu, logo no
início da nossa caminhada, a incorporarmos toda a administração nacional do
grupo educacional em Porto Alegre. Entendemos que nossa contribuição para a
sociedade, não só gaúcha, não só porto-alegrense, mas brasileira, é inestimável
não somente porque nos dedicamos à educação. E não vemos a educação
simplesmente como um mercado, mas vemos como uma vocação, uma vocação pessoal
daquele que vos fala, uma vocação pessoal de todos os nossos colaboradores, uma
vocação pessoal de todos os nossos docentes e, em especial, uma vocação e uma
predileção de todos os nossos alunos.
Srs.
Vereadores, meus caros funcionários, é lisonjeiro receber esta homenagem da cidade
de Porto Alegre por meio de sua Câmara de Vereadores, porque realmente mostra o
trabalho, tem a cara do povo gaúcho, tem a cara do povo de Porto Alegre. Sim,
somos ousados; sim, queremos sempre o melhor e, sim, queremos sempre ser
líderes. Formando líderes, nos tornamos líderes, e essa liderança significou o
nosso crescimento – já falado pelo Ver. Márcio Bins Ely – e nos trouxe aqui
hoje. Para concluir, não quero tomar demasiadamente o tempo de vocês, quero
compartilhar essa inestimável homenagem ao Grupo Educacional INEPE e às
Faculdades Integradas do Instituto Nacional de Ensino, Pós-Graduação e Extensão
com todos os nossos funcionários. Esse trabalho não é só meu, é de todos eles,
e só através deles todos nós conseguimos completar 5 anos em Porto Alegre e 30
anos trabalhando pela educação no nosso País. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Agradecemos a presença de todos vocês, do Magnífico
Reitor Prof. Dr. Faustino Júnior, do Grupo Educacional INEPE; também do nosso
Secretário Adjunto da SMA, Sr. Carlos Fett; das senhoras e dos senhores
funcionários do Grupo Educacional INEPE. Agradecemos o Ver. Márcio Bins Ely por
dar a oportunidade da nossa Câmara Municipal de Porto Alegre poder fazer essa
justa homenagem. Agradecendo a presença de todos, damos por encerrada esta
homenagem. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h46min.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo – às 15h47min): Estão reabertos os trabalhos. Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 1005/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 083/15, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que
obriga os projetos arquitetônicos de construção, de readequação ou de reforma
das escolas de educação infantil, de ensino fundamental e de ensino médio
localizadas no Município de Porto Alegre a conter as condições mínimas de
qualidade de infraestrutura, de conforto ambiental e sustentabilidade e de
segurança que especifica.
PROC.
Nº 2840/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 281/15, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que
dispensa o usuário que comprovar atendimento de urgência ou emergência ou
acompanhamento de paciente internado em hospital ou centro de saúde do
Município de Porto Alegre do pagamento do valor referente ao uso de vaga de
estacionamento de veículo automotor em suas dependências e dá outras
providências.
PROC.
Nº 0282/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 019/16, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
denomina Rua da Paineira o logradouro público cadastrado conhecido como Beco D
– Estrada Cristiano Kraemer –, localizado no Bairro Campo Novo.
PROC.
Nº 0315/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 025/16, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Diones dos Santos Rosa o logradouro público cadastrado
conhecido como Rua D – Vale do Salso –, localizado no Bairro Restinga.
PROC.
Nº 0097/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 006/16, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
inclui conteúdo sobre cultura tradicionalista nas aulas ministradas nas escolas
públicas da rede municipal de ensino.
PROC.
Nº 2918/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 292/15, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
denomina Travessa Saibreira o logradouro não cadastrado conhecido como Rua C Um
– Vila São Miguel –, localizado no Bairro Coronel Aparício Borges.
PROC.
Nº 0222/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 015/16, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
altera, no Anexo da Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – Calendário de Datas
Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre – e alterações
posteriores, a denominação da efeméride Julho Amarelo para Julho Amarelo – Mês
de Combate às Hepatites Virais.
PROC.
Nº 0283/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 020/16, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
denomina Rua das Laranjeiras o logradouro público cadastrado conhecido como
Beco E – Estrada Cristiano Kraemer –, localizado no Bairro Campo Novo.
PROC.
Nº 0538/16 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 001/16, que altera o caput dos arts. 1º e 2º e
revoga o § 1º do art. 2º, todos da Lei nº 10.390, de 22 de fevereiro de 2008 –
que autoriza a concessão de uso de área situada na Subunidade 1 da UEU 1044, de
acordo com a Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de 1999, para
implantação do Memorial Caminho da Sabedoria –, alterando a descrição da área e
do número de monumentos.
PROC.
Nº 0309/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 024/16, de autoria do Ver. Cassio Trogildo, que
cria o Grupo de Trabalho Não Remunerado e dá outras providências.
PROC.
Nº 0142/16 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 003/16, que altera o caput e os §§ 4º e 5º do
art. 10, o § 1º do art. 11 e o art. 12, todos da Lei nº 11.140, de 14 de
outubro de 2011 - que institui a Gratificação de Incentivo à Qualidade da
Gestão do SUS e a Gratificação de Incentivo à Qualidade da Atenção no SUS e dá
outras providências –, alterando a periodicidade das avaliações e dispondo
quanto à forma de incorporação dos proventos.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Não há inscritos para
discutir a Pauta. Está encerrado o período de Pauta.
A Ver.ª Mônica Leal
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sras. Vereadoras, funcionário, imprensa, convidados que receberam
uma justa e merecida homenagem, ocupo esta tribuna hoje para falar em nome do
Partido Progressista, Ver. João Carlos Nedel, Ver. Kevin Krieger, Ver.
Guilherme Socias Villela, para dizer que neste domingo teremos mais uma
manifestação contra a política governamental. Já tivemos várias manifestações,
participei de todas, a que eu não estava aqui, acompanhei no Rio de Janeiro.
Então sei muito bem de como ela inicia e de como ela termina, com educação, com
tranquilidade, assim tem sido. Só que neste momento a situação está
emocionalmente radicalizada, porque existem indignações. A situação é muito
grave. O povo está indignado com a corrupção, com a situação política,
econômica do Brasil jamais vista antes na história deste País. A que se propõem
as pessoas que querem fazer essa manifestação no domingo? Elas clamam pela
condenação dos corruptos. Ou alguém tem alguma dúvida disso? Não. Sejam os
corruptos da que sigla for. É apenas isso que o povo quer. A lei tem que ser
igual para todos! Eu lembro de uma frase que escutei na minha casa há muito
tempo e que nunca saiu da minha cabeça: “a lei é igual para todos, assim como
não existe mulher mais ou menos grávida.” Alguém aqui conhece? Não! Todos têm
que cumprir a lei. É isso que o povo quer.
Sabemos que existem
dois movimentos: esse que se reúne no Parcão domingo está combinado desde
novembro do ano passado; o outro movimento vai se reunir na Redenção. Ora,
neste momento, quero pedir aqui equilíbrio, juízo, paz. Eu trouxe aqui a
bandeira da paz. Eu queria mostrar para os senhores (mostra bandeira.) que este
foi um projeto do Ver. Antonio Hohlfeldt, na época, que ele fez a ideia de
fender a paz e lançou o dia 25 de julho como o Dia Municipal da Cultura da Paz,
e adotou esta bandeira. Acho que ela é muito própria para o momento. Todos nós
temos que ser respeitados nas nossas manifestações. O Partido Progressista
apoia toda e qualquer manifestação, desde que ela seja ordeira, pacífica e
respeitosa. E é justamente o que me traz aqui neste momento é para dizer que
nós não apoiamos atos de vandalismo, depredação ao patrimônio público. Com
certeza, uma minoria tentará protagonizar isso, e não representa o verdadeiro
desejo do povo brasileiro.
Eu, como Jornalista, Comunicadora, por onde tenho
andado, recebo as mais diferentes manifestações, mas todas elas têm um único
sentimento: nós, brasileiros, queremos um Brasil decente; nós queremos o
direito aos serviços básicos, por impostos pagos, nós não aguentamos mais a
corrupção; nós queremos punição para os corruptos, mas dentro da cultura da
paz, com respeito. Para concluir, Presidente, muito obrigada, eu gostaria de
dizer aqui desta tribuna, que estarei presente na manifestação de domingo, dia
13, certa de que o povo brasileiro vai exteriorizar a sua indignação com
educação, respeito e cumprindo a lei. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, e, depois, prossegue em Comunicação de Líder, pela
oposição.
O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente; Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, senhoras e senhores do INEPE, que continuam aqui conosco, é uma
satisfação recebê-los nesta Casa. Esta Casa é uma Casa política que tem acima
de qualquer
possibilidade de discordância na sociedade brasileira, o compromisso de trazer
para cá o tom do debate que deve ser feito, mas pregando sempre a justiça, a
paz, a ordem e a defesa da Constituição brasileira. Ver.ª Mônica que me
antecedeu, nós temos aqui nesta Casa muitos debates e queremos reproduzir essa
lógica que tratamos aqui para as ruas da cidade de
Porto Alegre, para as ruas das cidades brasileiras. Nós termos discordância
sobre os temas políticos, exercitar o contraditório tem que fazer parte do
processo da democracia, com respeito, com honestidade, e tem um documento que
nos liga como cidadãos brasileiros, que é a nossa Constituição. A nossa
Constituição tem que estar acima de qualquer ação, seja de um Parlamentar, seja
do Juiz, seja do Promotor, seja do Defensor Público. Nos últimos dias, têm-se
exacerbado decisões judiciais, postura do Ministério Público, postura da
Polícia Federal que vieram e vêm arranhar a Constituição brasileira. Essas
palavras não são minhas, quero reproduzir aqui as palavras de duas
personalidades brasileiras, de campos distintos, que trazem para nós fazermos a
reflexão: o Ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello que
entende que a ordem do Juiz Moro, quanto ao ato de força que foi desencadeado
em relação ao ex-Presidente Lula, atropela as regras, só se conduz
coercitivamente o cidadão que resiste e não comparece para depor. E o
Presidente Lula não foi intimado. Não
sou eu que estou falando, foi o Ministro do Supremo Tribunal Federal Marco
Aurélio. O jurista José Gregório, ex-ministro da Justiça do ex-Presidente
Fernando Henrique Cardoso também questiona a decisão e diz: “Você fazer logo a
condução coercitiva é um exagero.” Parece é que esse juiz queria era prender o
ex-Presidente e como não teve ousadia, saiu pela tangente. E é óbvio, Ver.ª
Mônica Leal, que o juiz e o promotor colocam que estão tomando essas atitudes à
luz da democracia. Mas quando levantam vozes que discordam, nós precisamos
debater, analisá-las e, se existirem esses desvios, corrigi-los. Porque a
sociedade brasileira, nós temos que passar a limpo, temos que erradicar a
corrupção da política brasileira que hoje está impregnada. Em toda a sociedade
brasileira, Sr. Presidente, os pequenos gestos têm que ser levados em
consideração: quando as pessoas do nosso meio tentam furar a fila para ter acesso
antes, recebem um troco a mais e não devolvem; quando passam um sinal vermelho
ou acionam a buzina em vez de sinalizarem no trânsito. Então, é um conjunto de
posturas culturais que não podemos aceitar. E isso, sim, através dos processos
de educação, através dos debates, através da análise da defesa da nossa
Constituição, temos e devemos aprimorar e ir às ruas. Fazer manifestação na
defesa dos seus ideais e dos seus princípios faz parte da sociedade, faz parte
do contraditório, mas tem que haver respeito! Nós não queremos uma guerra
civil, não a propagamos e temos, nesta tribuna – como já fez o Presidente desta
Casa em nome de todos nós, como acabou de fazer a colega Ver.ª Mônica Leal e
dos demais colegas – que pregar aquilo que desejamos: a paz. Paz com respeito,
com tranquilidade. E domingo, dia 13, todos que forem às ruas em Porto Alegre
ou no Brasil, defendemos o movimento em defesa da democracia, contra o
Impeachment e, ao mesmo tempo, em defesa do Presidente Lula, vamos para as ruas
e a nossa recomendação: não aceitem provocação, não provoquem. Se houver qualquer situação dessas, procurem as organizações e os seguranças que
estarão junto. Leve, fotografe, encaminhe, mas jamais, Delegado Cleiton – o
senhor, que tem experiência em segurança –, vá querer tirar satisfação como uma
postura pessoal, porque lá estarão famílias, lá estarão crianças, lá estarão
homens e mulheres jovens e idosos que têm o direito de fazer as suas
manifestações.
Eu concluo esta fala
em nome dos partidos de oposição, em nome do meu partido, o Partido dos
Trabalhadores, dizendo que o Brasil não precisa se tornar uma Venezuela, o
Brasil não precisa se tornar uma Síria, o Brasil não precisa se tornar uma
Grécia, o Brasil não precisa se tornar uma nação ingovernável. Nós precisamos relembrar
aqui que, em 1988, nós fizemos um pacto nacional construindo a nova
Constituição. Essa Constituição pode ser mudada a qualquer momento, mas tem que
ser mudada pela ordem democrática e com a participação da sociedade brasileira.
É essa a nossa posição, é essa a posição do Partido dos Trabalhadores, do PCdoB
e, certamente, do PSOL aqui nesta Casa, que pregam que as ideias têm que ser
debatidas com profundidade e à luz da democracia, à luz da Constituição
Federal.
A paz está
inicialmente dentro de nós e depois nas nossas agremiações e depois nas nossas
relações. E ela é oriunda das posturas que temos. Sempre digo o que é anunciado
nos adesivos dos carros: gentileza gera gentileza, agressividade gera
agressividade. Aqui, como é um Parlamento, nós precisamos exercitar o
contraditório, e vamos continuar exercitando na grandeza que temos do respeito,
da postura, da igualdade, do direito e do dever de defender a Nação brasileira
acima de qualquer interesse particular do partido A, B ou C à luz da nossa Constituição
Federal. Um grande abraço, muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Apregoo o Ofício nº 015/16, do Vice-Prefeito
Sebastião Melo.
O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Sr. Presidente desta Sessão, Ver. Delegado Cleiton; Sras. Vereadoras e
Srs. Vereadores, vou falar aqui em alguma coisa que foi publicada no jornal
Zero Hora do dia 04 de setembro de 1998, e com uma foto de página inteira, onde
dizia o seguinte: “Estudantes aprendem política na prática. Alunos de três
escolas da Capital participaram, ontem, [dia 03 de setembro de 1998] de uma
sessão plenária na qual eles eram os legisladores”. E logo a seguir dizia
assim: “Desde 1992, alunos do
primeiro e segundo graus de colégios públicos e privados de Porto Alegre obtêm
informações sobre o Executivo e o Legislativo”. Isto é proposta, é projeto de
minha autoria - repito -, que está em vigor aqui na Câmara desde 1992, que já
funcionou, meu caro Presidente, extraordinariamente bem, aonde os alunos vêm
para a Câmara, recebem informações, transformam-se em vereadores, apresentam
seus projetos; os projetos são discutidos, aprovados ou rejeitados, e os
projetos aprovados, tanto os da escola pública municipal quanto os da pública
estadual, iam para o Governo do Estado e para a Prefeitura Municipal de Porto
Alegre. A Prefeitura e o Governo do Estado, na medida do possível, atenderiam
os projetos aprovados pela Câmara Municipal de Porto Alegre através dos seus
Vereadores. Está escrito lá naquela matéria, dentre tantas outras coisas, que o
que faz a sessão de estudante ser levada a sério é a certeza de que as
reivindicações aprovadas não serão colocadas de lado. Significava que os alunos
aprovavam as matérias, e o Executivo, se as matérias fossem viáveis, executava
as propostas. Eu não me canso de falar, tenho falado diversas vezes, que não
vou... A primeira proposta nesse sentido, do Brasil. O Brasil inteiro copiou
essa proposta. A maioria dos Municípios do Estado e do Brasil, ou grande
maioria, tem essa presença de estudantes aqui nas nossas câmaras. E a nossa
proposta compõe os colégios públicos, privados, estaduais e municipais.
E aqui na Câmara, Sr. Presidente, está na CCJ um
projeto que pretende criar uma outra instituição, e colocar na lata do lixo
essa nossa proposta, que, repito, levou a Câmara de Porto Alegre a ser
pioneira, em termos de país, no sentido de trazer o estudante para cá, porque a
política, ou melhor, as coisas do país se renovam pela política, crescem com a
política, e essa nossa juventude, participando, começa a compreender o que é o
Legislativo, suas competências e suas atribuições. Isso é positivo para a
Cidade!
Portanto, estou aqui para repudiar a proposta
apresentada pelo Ver. Mauro Pinheiro. Já falei diversas vezes para ele, que
retire essa proposta, porque com essa proposta nós deixamos de ser pioneiros no
País. Na minha visão, o necessário é haver convênios entre a Prefeitura e a
Câmara para reativar essa proposta. Um abraço, obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Paulinho Motorista está com a palavra para
uma Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. PAULINHO
MOTORISTA: Boa tarde, Sr. Presidente, Ver. Delegado Cleiton; demais Vereadores,
pessoal que nos assiste nas galerias, pessoal que trabalha aqui na Câmara
Municipal, dia 8 de março já fiz a minha fala, fiz a minha homenagem ao Dia das
Mulheres, com muito carinho e respeito, e hoje venho falar aqui de ontem, dia 9
de março, que foi o dia do DJ. DJ é uma categoria que há muito tempo luta por
direitos e representatividade. O DJ é aquele camarada que anima uma festa a
noite toda, é o cara que não descansa a noite toda; enquanto todo mundo está
dançando, está se divertindo, ele está animando a festa, Ver. Bosco, para dar
alegria a todos. E aqui mesmo, na Câmara Municipal, temos um DJ, um amigo meu
de muitos anos, que é o nosso amigo Tubino, que sabe que é de coração que eu
falo, porque eu o conheço há muito tempo, muito animou festas: Pedregulho, Belém
Novo, na famosa Roller Disco, em que o Tubino passava a noite para nos trazer
alegria – isso a gente não esquece. Porque DJ é aquela pessoa que coloca uma
música, uma pessoa gosta, outra não... Ele tem que estar de olho na pista,
porque, se ela começa a esvaziar, o DJ já tem que trocar o tipo de som. O DJ
não fica ali parado só largando o som que ele quer, sem um trabalho, sem um
esforço, sem se dedicar. Não, ele tem que prestar atenção no que está
acontecendo para que todos se divirtam, todos dancem com alegria. Então, não é
um trabalho qualquer. Ele passa dias e noites estudando o tipo de som que ele
vai colocar, o tipo de som que representa aquela festa que ele vai animar.
Então, volto a falar, Tubino: um grande abraço a todos os DJs. Tem o Fábio, famoso
Titico, que trabalha comigo no meu gabinete. Eu quero deixar um abraço para
todos os DJs, porque é uma classe sofrida, pois muita gente curte a festa, sai
da festa não olha o trabalho daquele DJ que está animando, ele só quer saber de
dançar e se diverti, mas todos nós deveríamos prestar atenção naquele DJ que
está nos proporcionando aquela alegria da noite, seja num clube, numa
danceteria. O DJ está sempre ali presente para que a festa não pare, para que a
festa continue. Eu quero dedicar o dia 09 de março para todos os meus amigos
DJs do nosso Rio Grande do Sul.
Finalizo deixando um grande abraço para o meu amigo
Tubino. Tubino, de coração, meus parabéns por tudo que tu fizeste por todos nós
naquelas noites de alegria, noites de festa que curtimos através do seu som
muito bem colocado. Quando se fala, não há quem não conheça o Tubino da Roller
Disco. Quando se passa em qualquer região de Porto Alegre, se fala: “Onde tinha
som? Onde colocaram o som?” “Quem colocou o som foi o Tubino da Roller Disco” Todos
conhecem o Tubino, porque sempre é um profissional, e não é em vão que hoje
está aqui cuidando do nosso som. Então, meus parabéns, volto a dizer, Tubino,
um grande abraço a todos os DJs do nosso Rio Grande do Sul. Continuamos
curtindo o som com alegria e, mais uma vez, dando os parabéns para essa
profissão sofrida que é do DJ, a qual devemos valorizar cada vez mais para que
a música não pare. Um grande abraço a vocês.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Visivelmente
não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 16h14min.)
* * * * *